Perdemos o Chandrayaan-1

Infelizmente todo o contato com o orbitador Lunar indiano Chandrayaan-1 foi súbitamente perdido durante uma sessão de comunicação com a Terra. O diretor do projeto, M. Annadurai, disse ao The Times of India: “A missão está definitivamente encerrada. Nós perdemos contato com a sonda. Ela fez seu trabalho, tecnicamente 100%. Cientificamente também, ela fez quase 90-95% do seu trabalho.
IBNLive relata que S. Satish, diretor de relações públicas da ISRO (Organização de Pesquisas Espaciais Indiana) disse à eles que “os cientistas não foram capazes de determinar o que está acontecendo com a sonda por causa da falha. Ele diz que o ISRO não conseguiu manter comunicação com o Chandrayaan-1. ‘Nós não fomos capazes de estabelecer comunicação com a sonda–isso é perda de conexão de rádio. É um problema muito sério. Esta anomalia está sendo analisada com os últimos dados recebidos.’”
A sonda Chandrayaan-1 foi lançada no dia 22 de Outubro de 2008, e estava marcada para conduzir uma missão primária de dois anos. Durante 312 dias na Lua, ela orbitou mais de 3.400 vezes e retornou mais de 70.000 imagens, além de outros dados. Mais da metade de seus instrumentos foram fornecidos pela (ou em cooperação com) a ESA e a NASA; várias foram cópias dos instrumentos na sonda SMART-1 da ESA, e uma foi uma réplica do instrumento Mini-SAR, agora em órbita no Lunar Reconnaissance Orbiter da NASA. O ISRO colocou algumas imagens e dados da missão aqui.
Referências: The Times of India.

Fonte: Engenharia & Astronomia

A Lua é feita de madeira!

Certo, bem… quanto a isso eu não sei, mas sei de uma coisa: de acordo com o Museu Nacional Holandês, a rocha lunar que eles receberam da NASA durante o tour mundial após o pouso da Apollo 11 nada mais é que madeira petrificada!
rock
Nessa altura nossos conspiracistas de plantão devem estar pulando de alegria, mas detesto ser o portador de más notícias (mentira, é o trabalho perfeito, contra conspiracistas, isto é.), mas devem levar em consideração este fato:
A NASA já enviou amostras lunares para dezenas de milhares de laboratórios e universidades ao longo de 40 anos, se fossem falsas, teriam sido detectadas como esta foi.
São as nossas boas amigas, senhora Generalização Apressada e senhorita Falácia de Composição. As duas são irmãs gêmeas, na verdade.
Bem, e o que isso prova? Que as missões Apollo foram falsas? Improvável, mas eu mantenho minha teoria que a Lua é feita de madeira!

Fonte: Engenharia & Astronomia

LRO fotografa Apollo 14

Estão vindo!
O LRO ainda não chegou na sua órbita de mapeamento, mas com o Sol bem mais alto no horizonte, é possível ver mais detalhes da Apollo 14 em Fra Mauro:

apollo14
Clique para ver a imagem completa (é grande)

Aproveitando também e colocando uma imagem com as legendas de várias estruturas no local de pouso da Apollo 14. As setas pequenas mostram os rastros feitos pelos astronautas:

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Um dos pontos marcados é a Rocha de Saddle, um grande rochedo visitado pelos astronautas:

a14lrosaddle

Fiquem ligados para mais fotos dos locais de pouso das Apollo tiradas pelo LRO!

NASA recebe prêmio Emmy pela transmissão da Apollo 11

A NASA Television recebeu um prêmio Emmy por excelência em engenharia em comemoração do 40º aniversário das inovações tecnológicas que levaram à primeira transmissão da superfície da Lua pelos astronautas da Apollo 11 no dia 20 de Junho de 1969

“Eu dou parabéns aos vários funcionários da NASA que estão sendo reconhecidos pela academia com este prêmio pelas contribuições para a excelência em engenharia de televisão,” diz o chefe da NASA Charles Bolden. “Do primeiro pouso do homem na Lua em 1969 até as transmissões em alta definição das iniciativas Americanas de exploração espacial, a televisão tem sido uma poderosa ferramenta de comunicação que permite a agência a compartilhar suas conquistas em explorações e descobertas com o mundo.”

O Prêmio Philo T. Farnsworth de 2009, nomeado em homenagem ao homem que projetou e construiu o primeiro sistema funcional de televisão, honra uma agência, companhia ou instituição por contribuições por um longo período de tempo que significativamente afetaram o estado de tecnologia e engenharia da televisão.

“Nós estavamos assistindo, e quando Neil Armstrong pousou na Lua, Phil virou para mim e disse, ‘Pem, isso fez tudo valer a pena,’” disse Elma Farnsworth em uma entrevista de 1996. “Antes disso, ele não tinha tanta certeza.”

O Emmy será apresentado à NASA durante uma cerimônia no Sábado, no Hotel Renaissance em Los Angeles.

Menino de 6 anos encontra meteorito

Imagine seu filho chegar em casa com um meteorito na mão. Foi o que aconteceu com o britânico Josh Chapple, de 6 anos.

Ao buscar ovos no galinheiro, ele trouxe para os pais um raro meteorito de 6×4 cm que encontrou no jardim.

Em entrevista ao jornal Daily Mail, o pequeno, que estava radiante com a descoberta, diz ter pensando na hora que aquela rocha escura e brilhante era um pedaço de carvão.

A mãe do garoto, que tentou na semana passada ver a chuva anual de meteoros, mas não conseguiu por conta do tempo nublado, pesquisou sobre a peça e viu que era mesma parecida com outras encontradas em diversas partes do mundo.

A ideia dos outros irmãos de Josh era que o pai vendesse o meteorito para comprar um carro de corrida… Mas o preço baixo que ele viu na internet o fez ficar com a rocha por um tempo mais.


Fonte

Bloco construtor de Vida é encontrado em Cometa

Um ingrediente fundamental para a vida foi descoberto em um exemplo de um cometa, apoiando a teoria que cometas podem ter semeado a vida na Terra.

Cometa Wolf 2

Uma nova pesquisa firma sugestões antigas de Glicina, o mais simples aminoácido usado para fazer proteínas, dentro de exemplos do cometa Wild 2 (pronunciado “Vilt 2″).

“Essa é a primeira vez que um aminoácido foi encontrado em um cometa,” disse o pesquisador Jamie Elsila. “Nossa descoberta apoia a teoria que alguns dos ingredientes da vida se formaram no espaço e foram entregues à Terra por impactos de meteoritos e cometas.”

A nova descoberta, que foi aceita na publicação do jornal “Ciências Meteoríticas e Planetárias”, também tem implicações para vida extraterrestre.

Mas a Glicina não poderia ter aparecido por contaminações durante a fabricação ou manuseamento da sonda Stardust que coletou os exemplos em 2006? Bem, Glicina poderia ter aparecido desta forma, mas não seria igual a encontrada no cometa.
Moléculas de Glicina do espaço tendem a ter átomos de Carbono 13 mais pesados que os da Terra, e foram essas moléculas que os cientistas encontraram.

Planck começa a coletar luz restante do Big Bang

A sonda Planck está agora coletando luz de bilhões de anos atrás, deixada pelo Big Bang. De sua localização no ponto L2, a sonda começou a coletar dados científicos como parte da “Pesquisa da Primeira Luz”, que serve para verificar todos os sistemas. Se tudo for como planejado, essas observações serão as primeiras de 15 ou mais meses de coleta de dados de duas análises de todo o céu.

O pesquisador Chris North escreveu no website do Planck que “os maiores resultados científicos irão demorar para aparecer devido à imensa quantidade de computação necessária para analisá-los, e esperamos conseguí-los em cerca de 3 anos. Esses resultados serão um mapa completo do céu da Radiação Cósmica de Funda, e medidas mais precisas dos parâmetros que governam a forma com que nosso Universo evoluiu.

A missão, liderada pela Agência Espacial Européia com participação importante da NASA, irá ajudar a responder as perguntas mais fundamentais: Como que o espaço em si surgiu e expandiu para virar o Universo onde vivemos hoje? A resposta está escondida em luz antiga, chamada de Radiação Cósmica de Fundo, que viajou por mais de 13 bilhões de anos para chegar até nós. O Planck irá medir minúsculas variações nessa luz com a melhor precisão até hoje.

Está vivo!

Ele é grande, ele é poderoso, e sua montagem foi finalmente concluída. Dêem as boas vindas ao Ares I-X:

aresix

Com a altura de 94 metros, o Ares I-X é o foguete inaugural da primeira nova linha de foguetes para transporte humano em 25 anos!
O grandão está marcado para um lançamento de demonstração no dia 31 de Outubro, ele será lançado da base de lançamentos 39B, uma base para lançamentos do Ônibus Espacial modificada, com um modelo em tamanho e peso real da nave Orion

Além dos testes com os modelos, o Ares I-X também levará vários sensores para detectar qualquer problema que possa comprometer o foguete e sua tripulação.
Até antes do lançamento, o Ares I-X passará por uma série de testes para termos certeza que eles está pronto para voar.

Esse é mais um pequeno passo em direção ao objetivo da NASA de retornar à Lua e enviar missões tripuladas à Marte e além!

A Verdadeira Viagem à Lua (De acordo com os Conspiracistas)

Nesse post iremos analisar como seria a ida à Lua se ela tivesse sido feita de acordo com os padrões dos conspiracistas.

Vamos começar pulando a parte mais difícil da viagem, ou seja, sair da Terra, já que nenhum conspiracista parece ter encontrado um problema com a parte mais fadada à falhas em qualquer missão e ir direto à parte mais fácil da missão, ou seja, a parte mais difícil no dicionário do conspiracista: chegar e pousar na Lua.

Uma cratera imensa é feita pelo poderoso propulsor de um Módulo Lunar com 5 metros de blindagem, suíte master e jacuzzi. Na superfície, a Via Láctea cruza o céu enquanto inúmeras estrelas brilham ao fundo. Os astronautas dão pulos de 3 metros enquanto suas sombras ficam perfeitamente alinhadas, não importa o ângulo de visão ou o relevo. É claro que os astronautas ficam meio estranhos, porque qualquer ponto na roupa deles onde luz não chegasse seria completamente escuro, e também não seria muito divertido, pois as pegada que os astronautas fazem simplesmente colapsam.

E chega a hora de ir para casa, após 5 minutos de delay (já que a tecnologia da época era tão ruim que as ondas de rádio nem conseguiam viajar à velocidade da luz), os astronautas iniciam o processo de lançamento, eles tiram no palitinho para ver quem é o coitado que vai ficar para controlar a câmera e filmar o Módulo Lunar subindo, mas não tem problema, daqui a alguns meses a próxima missão leva esse astronauta de volta à Terra e deixa outro no lugar.

5… 4… 3… 2… 1… Lançar! O foguete do Módulo Lunar é ligado, atirando poderosas chamas para o solo, dobrando o tamanho da cratera e jogando toneladas de poeira para cima, até mesmo poeira que estava a vários metros dos gases do propulsor. O Módulo Lunar começa sua lenta subida, gradativamente ganhando velocidade enquanto o pobre astronauta filma a subida, saudando o feito de sua nação com uma lágrima de orgulho escorrendo.

Dois meses depois, um novo Módulo Lunar pousa na Lua e busca o astronauta que ficou para filmar, e o processo se repete.
É claro, depois de tantos pousos, a NASA descobriu uma forma de ganhar dinheiro ilimitado do governo, e sem falta, a cada dois meses, uma nova sonda pousa na Lua, recolhe o astronauta da missão anterior, repete a mesma coisa que foi feita centenas de vezes e volta para a Terra.
E isso foi em 1969 povo!
Agora desculpem mas tenho que ir, comprei um apartamento em Mare Tranquilitatis e meu foguete sai em meia hora!
Até mais!

Agora, se a viagem tivesse sido feita assim, nossos amigos conspiracistas iriam olhar com admiração para o grande feito da humanidade. Mas um novo problema iria surgir:
Se as viagens realmente tivessem sido assim, as teorias de fraude não iriam vir de meia dúzia de leigos na Internet, mas sim da comunidade científica mundial, incluindo a União Soviética, apontando todas as falhas em uma viagem que seria, pelos olhos dos conspiracistas, a coisa mais real do mundo, afinal, não foi sempre assim em filmes?

Percebam também que aqui o cenário todo se inverte:
Com os pousos na Lua da forma como foram realmente feitos, esses leigos na Internet rolam em teorias conspiratórias, apontando detalhes que, curiosamente, todo cientista acha perfeitamente normais.
Agora, se as viagens fossem feitas da forma como os conspiracistas querem para acreditar que ela teria realmente acontecido, cientistas do mundo inteiro iriam rolar em teorias conspiratórias, apontando detalhes que, (nada) curiosamente, esses leigos acham perfeitamente normais.

Puts, esqueci o meu voo! Tenho que ir, até a próxima!

“Nebulosas Super Planetárias” são descobertas

Uma nova classe de objetos cósmicos – chamada de “Nebulosa Super Planetária” – foi identificada por astrônomos.

Esse tipo de nebulosa foi encontrada por cientistas na Austrália e nos Estados Unidos, quando eles analisavam as Nuvens de Magalhães com radiotelescópios. Eles notaram que 15 objetos nas Nuvens de Magalhães se pareciam com nebulosas planetárias conhecidas que foram observadas por telescópios ópticos. O interessante é que os membros dessa nova classe são fontes de rádio incomumente fortes.
Outro fato interessante é que as nebulosas planetárias normais são encontradas em torno de estrelas menores ou do mesmo tamanho que o Sol, mas essa nova classe parece estar em torno de estrelas mais massivas.

A equipe pensa que a detecção dos novos objetos pode ajudar a solucionar o “Problema da Massa Perdida” – a ausência de nebulosas planetárias em torno de estrelas que tiveram originalmente de uma a oito vezes a massa do Sol.

O material da nebulosa em torno de cada estrela pode ter até 2,6 vezes a massa do Sol, enquanto material em torno de estrelas menores tem apenas em torno de 0,3 vezes a massa do Sol.

Planeta em órbita retrógrada é descoberto

Planetas conhecidos orbitam estrelas na mesma direção que ela gira. Todos. Exceto um.

Um planeta recém-descoberto orbita para o lado errado, para trás se comparado com a rotação de sua estrela. A equipe que o descobriu acredita que uma ‘quase colisão’ pode ter criado a órbita retrógrada.

A estrela e seu planeta, chamado de WASP-17, estão a certa de 1.000 anos-luz de distância. O sistema foi encontrado pelo projeto “Busca por Planetas em Grande Área (Wide Area Search for Planets – WASP)” do Reino Unido em colaboração com o Observatório de Genebra. A descoberta foi anunciada hoje, mas ainda não foi publicada em um jornal.

“Eu devo dizer que esse é um dos planetas mais estranhos que conhecemos,” diz Sara Seager, uma astrofísica do MIT que não esteve envolvida na descoberta.

Uma estrela se forma quando uma nuvem de gás e poeira entra em colapso. Todo o movimento que a nuvem tem é intensificado quando ela condensa, determinando a direção da rotação da estrela. Sabemos que planetas se formam no disco de gás e poeira que restou de uma estrela recém-nascida, então qualquer que seja a direção para onde esse material se move, que é a direção da rotação da estrela, será a direção da órbita de um planeta.

WASP-17 provavelmente teve um encontro com algum planeta maior, e a interação gravitacional agiu como um estilingue para colocar WASP-17 na sua órbita estranha, acreditam os astrônomos.

Olhos no céu: chuva de meteoros é destaque durante a madrugada

Todos os anos, por volta dos dias 11 e 12 agosto, as madrugadas frias e limpas do hemisfério Sul ganham um toque bastante especial e durante algumas horas ficam ainda mais salpicadas de estrelas. O motivo é o pico da chuva de meteoros Perseídea, encarregada de lançar sobre a atmosfera da Terra até 80 estrelas cadentes por hora.


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Apesar do pico da chuva ocorrer somente em um ou dois dias, as Perseídeas duram quase um mês, indo de 23 de julho a 22 de agosto. Neste período, a Terra passa por uma gigantesca esteira de poeira espacial que foi deixada em 1992 pelo cometa Swift-Tuttle 1862, na época em que se aproximou do Sol pela última vez.

Nos dias 11 e 12 de agosto a Terra cruza a região mais densa da esteira e a Terra experimenta o pico da chuva, com taxa estimada de até 80 fragmentos por hora, o que faz da Perseídea uma das mais intensas chuvas de meteoros.

A chuva recebe este nome devido ao seu radiante estar localizado na constelação de Perseu, de onde parece brotar, mas que nada tem a ver com chuva. Enquanto as estrelas da constelação estão há muitos anos-luz de distância, a chuva de meteoros acontece bem próximo de nós, nas altas camadas da atmosfera.


Causa
Normalmente, as chuvas meteóricas têm como causa os fragmentos de matéria deixada para trás por algum cometa ou asteróide. Quando os cometas se aproximam do Sol algumas partes derretem e se rompem, produzindo milhões de fragmentos de gelo e poeira que formam uma grande trilha. Esses fragmentos, em sua maioria do tamanho de um grão de arroz, queimam ao penetrar em nossa atmosfera, produzindo os riscos luminosos característicos das chuvas de meteoros.



Vendo a Chuva
Como informado, o pico da chuva de meteoros acontece nas madrugadas dos dias 11 e 12 agosto e para vê-la basta ter um céu bastante limpo. Como a Perseídea acontece na constelação de Perseu, é fundamental que as estrelas da constelação estejam no céu para que a chuva possa ser vista. Isso acontece por volta das 03h30, ligeiramente à direita do quadrante norte, quado Perseu já estará a 10 graus acima do horizonte.

A medida que o tempo passa a constelação ficará mais alta no céu, mas o máximo da elevação será de 20 graus, o que impede que observadores com horizonte pobre vejam a chuva, por isso aconselhamos que os interessados se dirijam a um local alto ou desimpedido.

A carta celeste no topo da página ajuda a encontrar a constelação de Perseu. Ela mostra o céu do quadrante norte por volta das 03h00, quando a constelação já estará a 10 graus de elevação. Se você não souber onde fica o Norte do local de observação será necessário se orientar por uma bússola.

A melhor maneira para ver a Perseídea é se dirigir a um local bastante escuro, sentar confortavelmente em uma cadeira reclinável e admirar o céu relaxadamente. Como as noites estão mais frias, é sempre bom ter à mão um cobertor e uma garrafa de café ou chocolate quente. Os meteoros devem aparecer em qualquer local do céu, mas as trilhas deixadas por eles vão sempre apontar para Perseu.

É isso. Reze para São Pedro dar uma mãozinha e tome um café bem forte para o sono não chegar antes da hora. De resto, bons céus a todos!


Artes: No topo, carta celeste mostra a localização da constelação de Perseu durante a madrugada. Na sequência, diagrama mostra o mecanismo de formação das chuvas causadas por cometas. Crédito: Apolo11.com.

Saturno dará uma de Houdini no dia 11 de Agosto

Senhoras e senhores, meninos e meninas, crianças de todas as idades, peguem seus telescópios no dia 11 de Agosto e apontem para Saturno, pois nessa data, sem a ajuda de Júpiter ou de Urano, Saturno irá fazer seu sistema de anéis de 273.000 km de largura desaparecer!

saturno

Então, vocês devem estar se perguntando como que uma bola de gás, sem ter uma varinha mágica, espelhos, mangas ou belas assistentes, faz 35 trilhões-trilhões de toneladas de rochas, gelo e poeira simplesmente desaparecer?

Infelizmente Saturno parece aderir ao código dos mágicos e não irá revelar seu segredo, mas felizmente temos pessoas que não estão neste grupo, e podem revelar o segredo do truque.

Saturno realiza sua mágica de desaparecimento de anéis a cada 15 anos. Isso ocorre quando Saturno atinge seu Equinócio, ou seja, os anéis de Saturno serão iluminados de frente, e não de cima!
Portanto, a luz que seria refletida dessa beirada extremamente fina será tão pequena que para todos os efeitos, os anéis de Saturno terão desaparecido.

Daqui da Terra não veremos os fenômenos que são trazidos pelo Equinócio, mas felizmente temos a sonda Cassini gravando o show de cima. As câmeras do Cassini já estão prontas para gravar cada detalhe do maior truque de desaparecimento do Sistema Solar.

Sombras no Anel F de Saturno

Quando Saturno se aproxima de seu Equinócio, nós vemos coisas que normalmente não veríamos nos anéis de Saturno, o mais recente mistério retornado pela sonda Cassini é uma estranha estrutura vertical no Anel F:

saturno

Esse tipo de imagem só é possível quando Saturno se aproxima do seu Equinócio, ou seja, quando a posição aparente do Sol cruza o equador celeste do planeta, iluminando os anéis de frente, e não de cima como sempre vemos.
Isso revela coisas interessantes, já que estruturas fora do plano dos anéis irão lançar sombras nos anéis, revelando-as.

Ainda não sabemos qual pode ser a origem dessas estruturas verticais, mas cientistas acreditam que essas estruturas podem ter sido criadas por objetos na órbita de Saturno que furaram os anéis.

Seria um evento único? Seria um evento que ocorre regularmente? Seria um objeto orbitando Saturno ou alguma coisa diferente?
Quando achamos que já vimos bastante, aparece um novo mistério para desvendarmos, mas afinal, essa é a beleza da ciência!

Novo asteróide é um Sistema Triplo

Novas observações de radar revelaram que um asteróide próximo da Terra é na verdade três rochas.

Clique na imagem para ver duas imagens que mostram o movimento das luas do asteróide.

O sistema, chamado de 1994 CC, foi fotografado pelo Radar do Sistema Solar de Goldstone da NASA nos dias 12 e 14 de Junho. Os resultados foram liberados esta semana.

Enquanto a maioria dos asteróides vagam em um cinturão entre Marte e Júpiter, alguns são chutados para fora e cruzam nossa órbita ao redor do Sol. Aproximadamente 15% desses asteroides próximos da Terra são binários. Apenas 1% são triplos.

1994 CC, que veio até apenas 2,52 milhões de km da Terra no dia 10 de Junho, é apenas o segundo sistema triplo conhecido na população de Objetos Próximos da Terra

O “setup” das três rochas consiste em um objeto central de aproximadamente 700 metros de diâmetro, e tem duas luas menores girando ao redor dele. Análise preliminar sugere que os satélites tem pelo menos 50 metros de diâmetro.

Asteróides são frequentemente pilhas de escombros soltos, e não objetos sólidos, e pares são comuns. Em um estudo de 2008, cientistas descobriram que binários são criados quando energia da luz do Sol, por longos períodos de tempo, divide um asteróide solto em dois.

Observações de radas no Observatório de Arecibo em Porto Rico, lideradas pelo diretor do centro Mike Nolan, também detectaram todos os três objetos, e as observações combinadas de Goldstone e Arecibo serão usadas por cientistas do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) para estudar as propriedades físicas e orbitais do 1994 CC.

A próxima aproximação comparável do asteróide 1994 CC irá ocorrer no ano 2074, quando o trio de rochas irá passar por nós a uma distância de 2,5 milhões de km.

Kepler detecta seu primeiro Planeta Extrasolar…

…mas já sabíamos que ele existia.
Esta detecção é na verdade o resultado de um importante e bem-sucedido teste do Kepler.
O Kepler ainda irá demorar para detectar os primeiros planetas desconhecidos, mas a boa notícia é que sabemos que ele funciona:

kepler

O Kepler mediu a luminosidade da estrela HAT-P-7 por dez dias. A existência de um planeta na estrela já é bem conhecida.
O gráfico de cima mostra a luminosidade da estrela enquanto o planeta orbita ela, e a grande afundada no brilho ocorreu quando o planeta passou na frente da estrela, bloqueando parte da luminosidade dela. A profundidade dessa “afundada” nos diz quanta luz da estrela foi bloqueada, e portanto o tamanho do planeta.

Agora, olhando para o gráfico de baixo, note que além da queda na luminosidade da estrela causada pelo planeta passando na frente dela, há uma outra queda na luminosidade. Essa queda é na verdade a luz do planeta que foi bloqueada pela estrela quando este passou atrás dela!

E a última coisa interessante nesse gráfico é que é possível notar que ele vai para cima e para baixo. Estamos na verdade detectando as fases do planeta enquanto ele orbita a estrela! Quando o planeta se move na frente da estrela, antes da queda no brilho, a luminosidade já começa a cair, que é na verdade o planeta indo para a fase Nova. Após passar da estrela, o planeta já começa a refletir novamente a luz da estrela para o Kepler, e o gráfico começa a subir novamente.

Isso significa que se, em algum lugar há um planeta do tamanho da Terra, seremos capazes de encontrá-lo!

Infelizmente há uma má notícia.
Sabemos que a Terra demora um ano para completar uma órbita ao redor do Sol, certo? Isso significa que quando notarmos alguma queda no brilho de uma estrela, teremos que esperar até vermos essa queda novamente, e isso ainda não é o suficiente. Como não sabemos o tempo que esses planetas demoram para orbitar suas estrelas, teremos que esperar uma terceira vez e possivelmente mais vezes para confirmar que se trata realmente de um planeta, e não de manchas estelares ou alguma outra coisa completamente diferente.

No caso do planeta HAT-P-7b, ele demora apenas alguns dias para orbitar sua estrela, então resultados assim podem sair rapidamente. Infelizmente planetas com tal velocidade orbital estão muito próximos de suas estrelas, portanto não podem abrigar vida. Planetas do tamanho da Terra podem demorar anos para orbitar sua estrela.

No momento somos o único planeta capaz de abrigar vida que conhecemos, mas imaginem que em apenas dois ou mais anos poderemos nos encontrar no meio de um vasto grupo de mundos habitáveis, cada um esperando para ser descoberto.

Esperanças de vida em Marte diminuem

Um estudo no início deste ano confirmou a existência de metano na atmosfera de Marte. Metano é tipicamente produzido por criaturas vivas, então a descoberta alimentou as esperanças de que pode haver organismos vivos em Marte.

Arabia Terra é um dos três locais equatoriais onde foi detectado uma concentração de metano.

Essa evidência de metano Marciano apareceu há vários anos, em um cenário de otimismo e ceticismo. Plumas de metano na atmosfera Marciana foram confirmadas, mas sua origem permanece em debate.

Mas um novo estudo, detalhado no jornal Nature de hoje, descobriu que este metano está concentrado em um ponto. Se ele fosse gerado por vida na superfície ou abaixo dela, o metano deveria estar espalhado pela atmosfera, dizem os pesquisadores. Sua concentração sugere que foi gerado por algum tipo de reação química na atmosfera.

“Destruição de metano na superfície de Marte teria ocorrido em aproximadamente uma hora para explicar as recentes observações,” de acordo com um sumário pelo jornal Nature.

“Se as observações das variações espaciais e temporais do metano forem confirmadas, isso iria sugerir um ambiente incrivelmente hostil para a sobrevivência de vida orgânica no planeta,” escrevem os pesquisadores, Franck Lefevre e Francois Forget da Universitaire Pierre et Marie Curie em Paris.

“Algo está rapidamente destruindo o metano na atmosfera Marciana,” diz o cientista planetário Michael Mischna do Laboratório de Propulsão a Jato (Jet Propulsion Laboratory, JPL) da NASA. Seja o que for, diz Mischna, “não tem como vida sobreviver na superfície ou perto dela se a destruição de metano ocorreu tão rapidamente.

Marte: Cientistas descobrem que algo hostil acontece no planeta

No início de 2009, uma equipe de cientistas confirmou a primeira detecção de gás metano na atmosfera marciana, indicando que o planeta poderia até mesmo abrigar algum tipo de vida. No entanto, novas evidências mostram que o gás detectado desaparece muito mais rápido do que deveria, sugerindo que existe algo no planeta que é hostil à matéria orgânica.


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"Os cálculos mostram que a destruição do gás é 600 vezes mais rápida do que o imaginado, o que significa que a geração do metano também precisa ser 600 vezes maior para compensar a perda, mas isso não ocorre.", Disse o cientista Franck Lefèvre, da Universidade Pierre e Marie Curie, de Paris.

Para chegar a essa conclusão Lefèvre e François Forget desenvolveram um novo modelo climático para Marte, que ajuda a compreender o comportamento do gás na atmosfera do planeta. O resultado do estudo foi publicado essa semana na revista científica Nature e segundo seus
autores reproduz fielmente as condições atmosféricas do planeta.

O gás foi detectado pela primeira vez em 2003 através do telescópio infravermelho ITF (Infrared Telescope Facility) da Nasa e do telescópio W.M. Keck, ambos localizados na ilha de Mauna Kea, no Havaí A assinatura típica do gás foi obtida com o uso de espectrômetros acoplados ao instrumento que mostraram a existência de três linhas espectrais de absorção e que juntas confirmaram a presença de metano.



No entanto, o resultado apresentados pelo novo modelo francês mostrou que a química do metano, como entendida atualmente, não explica a distribuição do gás como proposta pelos cientistas americanos.


O metano
O metano é formado por quatro átomos de hidrogênio ligados a um átomo de carbono e é o principal componente do gás natural existente na Terra. Grande parte dos organismos vivos libera o gás após a digestão dos nutrientes, o que torna a detecção particularmente
importante aos astrobiólogos. No entanto o gás também pode ser formado a partir de processos geológicos como a oxidação do ferro.

Tanto na Terra como em Marte, o metano apresenta uma vida muito curta, uma vez que é destruído pela radiação solar em pouco tempo e é exatamente por esse motivo que é usado como indicador de vida, já que sua presença sugere que algum mecanismo biológico ou geológico, está repondo a quantidade destruída. No entanto, o modelo de Lefèvre mostra que uma vez presente na atmosfera o metano está sumindo muito mais rápido do que o estimado: ao invés de desaparecer em 300 anos está sumindo em apenas 200 dias.


Hipótese
Uma das hipóteses apresentadas para explicar esse rápido desaparecimento seria a presença de partículas eletricamente carregadas na atmosfera de Marte e que agiriam como um acelerador da destruição, mas os trabalhos de Lefèvre não sustentaram essa afirmação. Segundo o estudo, caso os campos fossem fortes o suficientes para destruir o metano no ritmo mostrado, haveria a geração inevitável de subprodutos, entre eles o monóxido de carbono, que não foi detectado pelas sondas que estão em órbita do planeta.

O estudo de Lefèvre mostra que se a destruição do metano não estiver acontecendo na atmosfera e sim na superfície, a situação é ainda pior, já que a perda do gás passaria a ocorrer em poucas horas ao invés de centenas de dias. Neste caso algum processo altamente hostil à presença de matéria orgânica estaria ocorrendo na superfície.

Questionado se essa rápida deterioração do gás não poderia ser um sinal de vida, causado por algum microorganismo "comedor" de metano, Lefèvre disse: "Pode ser que sim e pode ser que não. Existem alguns tipos recém descobertos de microorganismos que fazem isso aqui na Terra - os metanotrofos - mas pouco se sabe sobre eles".

Mais sondagens
Duas novas naves estão sendo preparadas para estudar com mais profundidade o ambiente marciano. Para 2011 a Nasa enviará ao Planeta Vermelho o laboratório MSL (Mars Science Laboratory) e em 2018 é a vez da Esa (Agência Espacial Européia) descer na superfície do planeta com a sonda Exomars.

Quando em operação, a Exomars deverá perfurar até dois metros abaixo da superfície e será a maior profundidade já escavada por explorador robótico no planeta e revelar se algum material orgânico foi ali preservado ali, mas segundo Lefèvre, condições mais adequadas para a vida podem existir muito mais abaixo disso.



Artes: No topo, região dos Twin Peaks, como registrado pela sonda Mars Pathfinder em julho de 1997. Acima, imagem mostra os níveis de concentração de metano na atmosfera marciana. De acordo com os pesquisadores a média estimada é de aproximadamente 500 gramas por segundo ou 43 toneladas por dia.
Créditos: JPL/NASA/Apolo11.com

Nasa inicia preparativos para lançamento da Discovery dia 25

A agência espacial americana (Nasa) já se prepara para o próximo lançamento do ônibus espacial Discovery rumo à Estação Espacial Internacional (ISS).



O lançamento da nave Discovery com sete astronautas a bordo está previsto para o dia 25 de agosto. A tripulação passa nesse momento pela fase de preparação para a nova
missão na ISS.

Na última terça-feira, uma tempestade com raios e trovões atrasou o transporte do ônibus espacial Discovery para a plataforma de lançamento em
Cabo Kennedy Canaveral, no sul da Flórida, nos Estados Unidos. A nave foi transportada, mas num processo mais lento.

A nova missão da Nasa vai levar à plataforma orbital, equipamentos científicos, um novo sistema de purificação de ar, tanques de amônia para refrigeração do sistema da estação e deve trazer um pacote de experimentos do braço europeu. Três caminhadas espaciais estão previstas para esta missão.

Foto: Sob intensa tempestade de raios, Ônibus Espacial Discovery é levado à plataforma 34-A do Centro Espacial Kennedy, na Flórida. Crédito: Nasa.

Tenha seu próprio satélite por US$ 8.000,00

Quer lançar um satélite para o espaço? Agora você pode fazer isso por apenas US$ 8.000. A companhia de foguetes Interorbital Services (IOS) está oferecendo o “Kit de Satélite Pessoal TubeSat” que pode carregar 0,75 kg em órbita.

Um TubeSat.

O kit inclui um lançamento para órbita Terrestre baixa em um foguete IOS NEPTUNE 30. A altitude da órbita é de 310 km acima da superfície Terrestre. Os TubeSats são projetados para não contribuir com lixo espacial por estar em uma órbita auto-decadente. Os lançamentos estão marcados para começar no fim de 2010.

A Interorbital diz que um TubeSat é projetado para funcionar como um básico sistema ou como um simples satélite independente. Cada kit do TubeSat inclui os componentes estruturais do Satélite, hardware de segurança, painéis solares, baterias, um hardware e software gerenciador de energia, antenas, um microcomputador, um transmissor e receptor e as ferramentas de programação necessárias. Com somente esses componentes, o construtor pode montar um satélite que transmite com poder suficiente para ser detectado no solo por um simples receptor de rádio portátil. Simples aplicações incluem enviar mensagens ou programar o satélite para funcionar como uma estação de transmissões de rádio amador orbital privado. Esses são apenas dois exemplos. O TubeSat também permite o construtor a adicionar o seu próprio experimento ou função ao básico kit TubeSat.

Possíveis experimentos incluem fotografia da Terra, medir o ambiente orbital, rastrear algo como animais migratórios, testar hardware ou software no ambiente do espaço, ou realizar propaganda em órbita.

Existem duas opções diferentes de pagamento. Se você pagar o preço total na hora, você irá ser colocado imediatamente na agenda de lançamento de acordo com a ordem na qual o pagamento foi recebido. Se você pagar metade do preço, e então pagar a outra metade em uma outra data, você irá ser colocado na agenda de lançamento de acordo com o momento quando o pagamento completo foi recebido.

Veja mais na página do TubeSat da Interorbital Services.

Pequenas galáxias perderam suas Estrelas

Encontros de galáxias podem explicar a existência de um raro tipo de galáxia anã, um novo estudo sugere.

As chamadas galáxias anãs esferoidais são pequenas e muito fracas, com poucas estrelas em relação à sua massa total.

Essas galáxias parecem ser feitas em sua maior parte de matéria escura - uma forma elusiva de matéria, detectável apenas pela sua influência gravitacional. A matéria escura é mais abundante que a matéria normal por um fator de cinco para um no universo como um todo.

Os astrônomos têm encontrado dificuldades para explicar a origem das galáxias anãs esferoidais.

"Esses sistemas são "duendes "do início do Universo e compreender como eles se formaram é o principal objetivo da cosmologia moderna," disse a autora do estudo Elena D'Onghia da Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics (CFA).

Teorias anteriores diziam que anãs esferoidais orbitam perto de grandes galáxias como a Via Láctea - mas isso não explica como os anões que têm sido observados nos arredores do "Grupo Local" de galáxias (que inclui a Via Láctea) poderiam ter se formado.

D'Onghia e seus colegas usaram simulações em computador para analisar dois cenários de formação:

* Um encontro entre duas galáxias anãs longe de gigantes como a Via Láctea, com a anã esferoidal juntando-se a Via Láctea posteriormente.
* Um encontro entre uma galáxia anã e a Via Láctea em sua fase de formação, no início do universo.

A equipe concluiu que os encontros galáticos excitam um processo gravitacional, levando à remoção de estrelas da menor anã durante o curso da interação e transformando-a em uma anã esferoidal.

"Como em uma dança cósmica, o encontro desencadeia um processo gravitacional que tira as estrelas e gás da galáxia anã, produzindo longas "caudas" visíveis e 'pontes' de estrelas", disse D'Onghia.

"Este mecanismo explica a característica mais importante do anão esferoidal, que é que eles são "dominados" por matéria escura", disse o co-autor Gurtina Besla, também da CfA.

A longa "ponte" de estrelas puxadas para fora por interações gravitacionais podem ser detectados.
Por exemplo, a recente descoberta da "ponte" de estrelas entre Leo IV e Leo V, perto de duas galáxias anãs esferoidais, pode ter resultado de interações gravitacionais entre as duas.

As conclusões da equipe foram detalhadas na 30 jul edição da revista Nature

Mancha brilhante aparece em torno de Vênus e intriga pesquisadores

Uma estranha mancha brilhante apareceu no meio das nuvens em torno do planeta Vênus e vem intrigando os astrônomos.

A mancha foi identificada primeiro por um astrônomo amador norte-americano em 19 de julho e sua existência foi confirmada depois pela sonda Venus Express, da Agência Espacial Europeia.

Desde que apareceu, a mancha começou a se expandir. Os ventos teriam a espalhado pela densa atmosfera do planeta.

Uma das hipóteses para seu surgimento seria a possibilidade da erupção de um vulcão. O planeta é coberto por material resultado de atividades vulcânicas no passado. Mas cientistas acreditam que elas ainda ocorram no presente. Neste caso, a erupção teria que ter sido extremamente forte para penetrar na atmosfera de Vênus, formada principalmente por gás carbônico.

Uma segunda hipótese para o surgimento da mancha da brilhante, seria a interação de partículas do Sol com a atmosfera do planeta.
Uma turbulência atmosférica concentrada em uma área específica também pode ter gerado o material brilhante.

Astrônomos já notaram pontos brilhantes em Vênus outras vezes, mas esta mancha seria no mínimo curiosa porque segundo os cientistas, se concentra em uma região pequena da superfície do planeta.

Supernova é criada em Supercomputador

Uma nova visão de supernovas – as espetaculares explosões de estrelas morrendo – não veio de um telescópio, mas de uma poderosa simulação de um supercomputador.

Modelo de supernova pode ajudar cientistas a descobrir o o que acontece durante a morte de uma estrela muito massiva.

A supernova simulada, revelada em várias camadas da imagem, nasceu de um esforço para desenvolver meios mais rápidos para construir modelos de computadores de alta fidelidade de fenômenos complexos do mundo real.

Realizar uma única execução de um modelo atual de supernova em um computador doméstico seria quase impossível – demoraria mais de três anos apenas para fazer download dos dados. Então cientistas usam supercomputadores, que podem aguentar o processamento de quadrilhões de pontos de dados por vez.

“Na escala em que estamos trabalhando, criar um filme demoraria muito tempo no seu laptop – simplesmente girar a imagem em um grau poderia demorar dias,” diz Mark Hereld, que lidera os esforços de visualização e análise no Laboratório Nacional Argonne do Departamento de Defesa Norte-Americano

Os modelos que são executados nesses computadores podem gerar visualizações de tudo, de supernovas até estruturas de proteínas. Mas mesmo com a velocidade que os supercomputadores providenciam, modelos complexos estão rapidamente ganhando da atual capacidade computacional.

As novas técnicas que os pesquisadores estão desenvolvendo usam computação paralela – o processamento dados em vários núcleos de processadores (160.000 núcleos no computador do laboratório Argonne). Os dados são então enviados para processadores de gráficos (GPUs) para criar as imagens, mas já que a maioria dos GPUs são desenvolvidos para a indústria de jogos, eles nem sempre são adequados para tarefas científicas. Também leva muito poder de computação para mover todos os dados entre o processador e os GPUs.

Este novo método de visualização pode melhorar pesquisas em uma grande variedade de disciplinas, diz Hereld.

“Em astrofísica, estudar como as estrelas morrem e explodem envolve todos os tipos de física: hidrodinâmica, física gravitacional, química nuclear e transporte de energia,” diz ele. “Outros modelos estudam a migração de poluentes perigosos por estruturas complexas no solo para descobrir aonde elas provavelmente iriam.”

“Esses tipos de problemas geralmente levam à questões que são muito complicadas de serem apresentadas matematicamente,” diz Hereld. “Mas quando você pode simplesmente olhar uma estrela explodir pela visualização da simulação, você pode descobrir detalhes que não estão disponíveis de nenhuma outra forma.

Pó de meteorito pode ser a chave da origem do Sistema Solar

De onde viemos? A resposta varia dependendo de quão longe você olha. Pesquisadores estão estudando os mais antigos grãos de meteoritos para descobrir a origem do nosso Sistema Solar. Alguns dos materiais formadores de planetas podem ter resultado de uma colisão com outra galáxia.

Uma imagem de um grão de carbonato de silício desta pesquisa. Esta imagem de cores falsas foi feita com um microscópio escaneador de elétrons.

Por volta de 4,6 bilhões de anos atrás, nossa estrela amarela e seu disco cheio de planetas saiu de uma densa nuvem molecular. A maior parte dos detalhes sobre este ambiente pré-solar foram perdidos devido ao aquecimento do gás e poeira primordiais, mas alguns grãos rochosos escaparam dessa alteração, e portanto preservam pistas sobre o passado distante do nosso Sistema Solar.

“Grãos pré-solares são os materiais mais antigos no Sistema Solar,” diz Philipp Heck da Universidade de Chicago. “A idade dos grãos claramente indicam que eles são mais antigos que o Sistema Solar.”

Mas exatamente quão antigos?

Heck e seus colegas isolaram 22 grãos do meteorito de Murchison, que é bem conhecido pelo material orgânico contido nele, e mediram o tempo que os grãos ficaram no meio interestelar antes de acabar no nosso jovem sistema solar. A idade dos grãos, relatada em um recente artigo no Jornal de Astrofísica, parece suportar uma hipótese que diz que o nosso Sistema Solar se formou após colisões entre várias galáxias menores e a Via Láctea há aproximadamente 6 bilhões de anos atrás.

Cientistas já sabem desde os anos 60 que meteoritos contém isótopos raros. Em 1987, alguns desses isótopos foram encontrados em grãos microscópicos que presumidamente se formaram fora do nosso Sistema Solar, e de alguma forma sobreviveram ao processo de formação de planetas.

Por exemplo, alguns pequenos cristais de diamante em meteoritos tem altos níveis de isótopos pesados de Xenônio que implicam que eles se originaram de uma supernova.

“Abundância de isótopos nos dizem o tipo da estrela de onde este grão pré-solar veio, ou de que planeta ou corpo celeste um meteorito veio,” diz Heck.

Heck e seus colegas analisaram em particular grãos de carboneto de silício do meteorito de Murchison. Esses grãos se destacam por ter mais isótopos pesados de silício que qualquer outra coisa no Sistema Solar. Em particular, os níveis de silício-29 e silício-30 (relativos ao silício-28, o mais comum) são até 100 vezes maiores que os encontrados em cristais de silício normais.

Por causa dessas abundâncias anormais, cientistas acreditam que grãos de carboneto de silício pré-solares se formaram nos ventos de estrelas AGB (Assimptótico das Gigantes), que são frequentemente chamadas de estrelas de “carbono” por causa dos altos níveis de carbono detectados em suas atmosferas.