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Herschel revela o lado oculto da formação estelar

A bolha galática RCW 120. Crédito: ESA/PACS/SPIRE/HOBYS Consortia.
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"Estrelas massivas são raras e de curta duração. A captura de uma durante a formação é uma  uma oportunidade de ouro para resolver um paradoxo de longa data na astronomia. "

Os primeiros resultados científicos do observatório de infravermelho espacial - Herschel - estão revelando detalhes antes escondidos da formação estelar. Novas imagens mostram milhares de galáxias distantes produzindo - de forma furiosa - estrelas. Além disso, belas regiões de formação estelar envoltas em toda a nossa Via Láctea também foram retratadas. Uma imagem ainda apanha uma estrela "impossível" no ato de formação.

Apresentados hoje durante um simpósio científico realizado na Agência Espacial Europeia, na Holanda, os resultados desafiam as velhas idéias de nascimento estelar, e abrem novos caminhos para pesquisas futuras. A missão é coordenada pela Agência Espacial Europeia, com importante participação da NASA.

"Usar o Herschel é ver uma parte do cosmos - que tem sido escura e enterrada há muito tempo - com outros olhos", disse o cientista da missão do projeto NASA, Paul Goldsmith, no Laboratório de Propulsão à Jato da NASA, Pasadena, Califórnia.

A observação do Herschel da nuvem de formação estelar RCW 120 revelou uma estrela embrionária, que parece pronta para se transformar em uma das maiores e mais brilhantes estrelas da nossa galáxia nos próximos cem mil anos. Ela já contém de oito a 10 vezes a massa do sol e ainda é cercada por um adicional de 2.000 massas solares de gás e poeira a partir da qual se pode alimentar ainda mais.

"Esta estrela só pode crescer mais", diz Annie Zavagno, do Laboratoire d'Astrofísica de Marseille, na França. Estrelas massivas são raras e de curta duração. A captura de uma durante a formação é uma uma oportunidade de ouro para resolver um paradoxo de longa data na astronomia. "Segundo a nossa compreensão atual, você não deve ser capaz de formar estrelas maiores do que oito massas solares", diz Zavagno.

Isto porque a luz emitida por essas grandes e ferozes estrelas deveriam soprar as nuvens de seu nascimento, antes de que mais massa pudesse ser absorvida. Mas de alguma maneira elas fazem. Muitas dessas estrelas "impossíveis" já são conhecidas, algumas com até 150 massas solares, mas agora que Herschel encontrou uma perto do começo de sua vida, os astrônomos podem usar os dados para investigar como ela está desafiando suas teorias.


  • Créditos:
  • Data: 
  • 06/05/10

A exposição a raios UV aumentaram ao longo dos últimos 30 anos, mas estabilizaram desde meados de 1990

Cientistas da NASA analisaram 30 anos de dados de satélites e constataram que a quantidade de radiação ultravioleta (UV) que atinge a superfície da Terra aumentou acentuadamente nas últimas três décadas. A maior parte do aumento ocorreu em latitudes médias e altas, havendo pouco ou nenhum aumento em regiões tropicais.

A nova análise mostra, por exemplo, que em uma linha da latitude de 32,5 graus - que passa pelo Uruguai no hemisfério sul, os níveis de UV de 305 nanômetros subiram cerca de 6 por cento em média, desde 1979.

A radiação ultravioleta pode danificar e distorcer a estrutura do DNA. Crédito: NASA's Earth Observatory / David Herring. Clique para ver a imagem em tamanho original.

O principal culpado: redução dos níveis de ozônio estratosférico, um gás incolor que age como protetor solar natural da Terra protegendo a superfície contra a tão prejudicial radiação ultravioleta.

O achado reforça as observações anteriores que mostram que os níveis de UV estão se estabilizando depois que os países assinaram um tratado internacional que limita as emissões de gases que empobrecem a camada de ozônio em 1987. O estudo também mostra que o aumento da nebulosidade no hemisfério sul durante o período de 30 anos tem retido UV.

Jay Herman, um cientista do Goddard Space Flight Center da NASA em Greenbelt, Maryland, organizou e agrupou dados de vários satélites de observação da Terra - incluindo satélites Aura da NASA, satélites meteorológicos NOAA e satélites comerciais - para tirar suas conclusões. Os resultados foram publicados no Journal of Geophysical Research (Jornal de Pesquisa Geofísica) em fevereiro.

"No geral, nós ainda não estamos onde gostaríamos de estar com o ozônio, mas estamos no caminho certo", disse Jay Herman. "Nós ainda vemos um aumento da radiação UV em uma escala temporal de 30 anos, mas isso é moderado, poderia ter sido pior e parece ter sido estabilizado."

No Equador e nos Trópicos, o aumento foi mínimo, mas em latitudes médias do hemisfério sul isso tem sido mais evidente. Durante o verão, por exemplo, os raios UV aumentaram mais de 20 por cento na Patagônia e nas porções do sul da América do Sul. Ele subiu quase 10 por cento em Buenos Aires, uma cidade que está tão longe do equador como Little Rock, Arkansas, em Washington, DC - 35 graus (latitude) norte - o UV aumentou cerca de 9 por cento desde 1979 nesta latitude.

O hemisfério sul tende a ter mais exposição aos raios UV por causa do buraco de ozônio, uma diminuição sazonal da camada de ozônio centrada no pólo sul. Há também menos partículas de poluição do ar - que ajudam a bloquear UV - devido ao número - relativamente ao hemisfério norte - pequeno de pessoas que vivem por aqui.

Apesar dos aumentos globais, há sinais claros de que os níveis de radiação ultravioleta estão à beira de cair. A análise de Herman, que está de acordo com uma publicação do World Meteorological Report nos últimos anos, mostra que a diminuição da camada de ozônio e do correspondente aumento na irradiação UV nivelou-se em meados dos anos noventa.


Os muitos lados da radiação

Curtos comprimentos de onda da luz ultravioleta contêm mais energia do que as porções infravermelha ou visível da luz solar que chega à superfície da Terra. Devido a isso, os fótons UV pode quebrar ligações químicas na atmosfera e provocar complexos efeitos na saúde.

Comprimentos de onda maiores (320-400 nanômetros) - chamados de UV-A - causam queimaduras e catarata. No entanto, os raios UV-A também pode melhorar a saúde, incentivando a produção de vitamina D, substância que é fundamental para a absorção de cálcio nos ossos e que ajuda a evitar uma variedade de doenças crônicas.

UV-B, que tem comprimento de onda ligeiramente mais curto (320-290 nanômetros), pode danificar seriamente (enrolando e distorcendo) a estrutura do DNA: causando uma série de problemas de saúde, como câncer de pele e doenças que afetam o sistema imunitário.

Como parte de seu estudo, Herman desenvolveu uma técnica matemática para quantificar o impacto biológico da exposição aos raios UV. Ele examinou e calculou como alteração dos níveis de ozônio e irradiação ultravioleta afetam a vida. Para Greenbelt, por exemplo, ele calculou que um aumento de 7 por cento em UV resultou em aumentos de 4,4 por cento nos danos à pele, 4,8 por cento em danos ao DNA, 5 por cento na produção da vitamina D e menos de um por cento de aumento no crescimento das plantas.

"Se você vai à praia nos dias de hoje, você tem em um risco ligeiramente maior de desenvolver câncer de pele (sem proteção)," Herman disse que, apesar disso, o risco seria ainda maior na ausência de um acordo sobre substâncias que empobrecem a camada de ozônio.

No ano passado, um dos colegas de Herman, Paul Newman, publicou um estudo mostrando que, se não houvessem tratados internacionais regulamentando a emissão de poluentes - provavelmente, em 2065 - o buraco no ozônio provavelmente teria se tornado gigantesco e a exposição aos raios UV aumentaria para 650 por cento.

Nuvens e a "blindagem" hemisférica

Além de analisar as tendências de ozônio e ultravioleta, Herman também usou dados de satélite para verificar se as mudanças na nebulosidade têm afetado as tendências de exposição ao UV. Para sua surpresa, descobriu que a nebulosidade aumentou no hemisfério sul produzido um efeito de blindagem contra os raios UV, produzindo um aumento da protecção em relação ao ano anterior.

Nas latitudes mais elevadas, especialmente, ele detectou uma ligeira redução - de 2 a 4 por cento - no montante de UV que passa através da atmosfera e que atinge a superfície; efeito provacado pelas nuvens. "Não é uma quantidade grande, mas é intrigante", disse Herman. "Nós não temos certeza sobre o que está por trás disso ainda."

Vitali Fioletov, um cientista canadense e membro do grupo consultivo da World Meteorological Organization's sobre a radiação ultravioleta, concordou que as conclusões do inquérito Herman necessitam de uma investigação adicional, para provar algo a respeito dessa nebulosidade "misteriosa". "O mais interessante do estudo, na minha opinião, foram os efeitos das nuvens em escala global", disse ele. "Isso não é algo que você poderia ver sem satélites".
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Os maiores aumentos no UV (mostrados em branco, vermelho, laranja e amarelo) que ocorreram no hemisfério sul durante abril, maio e junho. Nos trópicos, os aumentos no UV foram mínimas (em azul). UV de 305 nanômetros é um dos tipos mais prejudiciais para os seres humanos. Crédito: NASA Goddard Space Flight Center / Jay Herman

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Nas latitudes altas do hemisfério sul, a exposição aos raios ultravioleta aumentaram em até um quarto. As latitudes baixas (isto é, mais próximas ao equador) aumentaram pouco, e as latitudes "médias" do hemisfério norte têm tido um aumento de cinco por cento.
Crédito: NASA Goddard Space Flight Center / Jay Herman


Este pequeno vídeo, produzido em 2008, descreve a situação do buraco do ozônio estratosférico. 
 Crédito: NASA / Goddard Space Flight Center

A radiação eletromagnética existe em uma gama de comprimentos de onda, que são delineadas em divisões principais para nossa conveniência. Ultravioleta-B, 290-320, representa a maior ameaça (na divisão dos raios UV) aos organismos vivos, embora represente apenas uma pequena porção do espectro.  
Crédito: NASA's Earth Observatory / Robert Simmon



  • Créditos:
  • Data: 
  • 09/03/10
  • Imagens:
  • NASA

Porque "Júpiters Quentes" são tão inchados

Uma torradeira elétrica do tamanho de um planeta poderia explicar porque alguns exoplanetas são tão grandes. Um fenômeno relacionado poderia ser responsável por manter sob controle os ventos que formam as listras de Júpiter.

Mais de 150 planetas foram encontrados orbitando mais perto de suas estrelas do que Mercúrio está do sol. Muitos desses planetas, gigantes gasosos - que são conhecidos como "Júpiters quentes", pelo fato de terem temperaturas de 2000 ° C ou mais - têm uma massa semelhante a Júpiter, mas podem ter até seis vezes o seu volume.

Algo deve estar o aquecendo-os para torná-los inchados desta maneira - mas o quê? Radiação da estrela hospedeira não pode ser a fonte, já que maioria é refletida para o espaço pelo gás presente na atmosfera.

Efeitos de aquecimento gravitacional poderiam funcionar para planetas com órbitas alongadas. A constante mudança gravitacional da estrela hospedeira no planeta que a orbita poderia flexionar seu interior, possivelmente gerando calor o suficiente para provocar a expansão que vemos. Mas esse mecanismo não consegue explicar como alguns planetas com órbita circular - como o TrES-4, que é menos massivo do que Júpiter, mas 1,8 vezes mais "largo" - é tão grande.

Konstantin Batygin e David Stevenson, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena sugerem que a "misteriosa" energia poderia originar-se de um vento de partículas carregadas que circunda o planeta. A temperatura na atmosfera do "Júpiter quente" é alta o suficiente para bater um grande número de elétrons, como os átomos de sódio e potássio. Estes elétrons poderiam então ser "chicoteados" por ventos em torno do planeta e interagir com seu campo magnético, gerando uma corrente que pode se estender em profundidade no planeta, aquecendo o seu interior como o efeito de uma torradeira elétrica.

 

"O poder de que você está depositando ali pode ser suficiente para inflacionar o planeta", diz Adam Burrows, da Universidade de Princeton.

Burrows acrescenta que o modelo mais detalhado é necessário para determinar se as correntes geradas desta forma chegam longe o suficiente para que a inflação ocorra no planeta . "Essa energia pode "trabalhar" em alguns momentos, em alguns planetas."

Se a teoria for confirmada, ela poderia "matar dois passáros com uma única pedra", diz Burrows, porque um mecanismo semelhante poderia desempenhar um papel fundamental na manutenção da velocidade do vento da atmosfera de Júpiter e Saturno. Estes ventos podem ser conduzidos pelas variações de temperatura entre as regiões que recebem diferentes quantidades de luz solar ou pela agitação gerada pelo calor do próprio planeta. Mas outro processo é necessário para manter os ventos que se deslocam a velocidades constantes.

Mesmo que estes gigantes de gás liberem elétrons da mesma forma como nos Júpiters quentes, o calor mais profundo dentro do planeta pode retirar elétrons de hidrogênio e de outros elementos. A interação desses elétrons, com campo magnético de um planeta, como Batygin propôs para exoplanetas, poderão criar uma contra-força que ajuda a conter os ventos.

O teléscopio espacial James Webb da NASA, que será lançado em 2014, poderia ajudar a refinar o modelo, limitando a velocidade dos ventos nos exoplanetas inchados.

  • Créditos:
  • Data: 
  • 08/03/10
  • Imagens:
  • No topo: Ignacio González Tapia/NASA
  • Diagrama: New Scientist

As Muitas Cores do Nascimento de uma Estrela

Uma nova imagem feita pelo Gemini North Telescope ilustra bem a dinâmica e às vezes a violência dos processos de nascimento de estrelas. Essa imagem também demonstra a capacidade dos novos filtros disponíveis para os pesquisadores usando o Gemini Multi-Object Spectrograph (GMOS).

Conhecida como Sharpless 2-106 (Sh2-106), uma nebulosa em forma de ampulheta observada na imagem é um berçário estelar feito de gás incandescente e luz dispersada pela poeira. O material recobre uma estrela natal de grande massa que acredita-se seja a responsável pela forma de ampulheta da nebulosa devido aos ventos de alta velocidade, mais de 200Km/s que ejetam material das profundezas da região de formação de estrelas. Pesquisas também indicam que muitos objetos sub-estelares estão se formando dentro da nuvem e podem algum dia resultar num aglomerado de 50 a 150 estrelas na região.

A nebulosa está localizada a 2000 anos-luz de distância da Terra na direção da constelação de Cisne (Cygnus). Suas dimensões físicas são de 2 anos-luz de comprimento por 0.5 ano-luz de largura. A estrela central pode ter mais de 15 vezes a massa do Sol. A formação da estrela começou a aproximadamente 100000 anos atrás e eventualmente sua luz irá se libertar da nuvem que a recobre a medida que se inicia a sua relativa curta vida de estrela massiva.

Os novos filtros fornecem valorosas idéias, pois transmitem em cores específicas da luz visível emitidas pelo hidrogênio excitado, hélio, oxigênio e o enxofre a medida que a radiação da estrela jovem quente energiza a nuvem de gás e poeira. Os filtros são também usados para estudos de nebulosas planetárias e de gás excitado em outras galáxias.

Para compor essa imagem quatro cores foram combinadas: violeta – filtro para o hélio II; azul – filtro para o enxofre II; verde – filtro para o oxigênio III e vermelho – filtro para o hidrogênio –alfa. Cada filtro foi integrado somando um total de 900 segundos.

A imagem foi obtida usando o Multi-Object Spectrograph do Gemini no Gemini North Telescope. O mesmo conjunto de instrumentos é disponível no Gemini South Telescope no Chile.



Créditos: 
  • Data:
  • 08/03/10
  • Imagens: 
  • Gemini Observatory/AURA

Ventos de Buracos Negros podem Moldar a Forma das Galáxias

Novas observações feitas com o Observatório de Raios-X Chandra da NASA fornecem evidências para existência de poderosos ventos soprando a partir da vizinhança de buracos negros supermassivos em galáxia próxima. Essa descoberta indica que buracos negros supermassivos “médios” podem ter um papel importante na evolução da galáxia em que eles residem.

Por anos, os astrônomos sabem que buracos negros super massivos crescem em paralelo com a sua galáxia hospedeira. E por muito tempo suspeitava-se que o material ejetado do buraco negro – de maneira oposta ao material que é sugado por ele – altera a evolução dessa galáxia.

Uma questão chave é se essa “explosão” do buraco negro normalmente ejeta força suficiente para ter um impacto significante. Jatos relativísticos poderosos são emitidos pelos maiores buracos negros em grandes galáxias centrais de aglomerados como em Perseu e são responsáveis por moldar as galáxias hospedeiras, mas eles são raros. O que dizer sobre os menos poderosos, em galáxias menores que devem ser mais comuns no universo?

“Nós estamos mais interessados aqui em observer o que um buraco negro super massivo de tamanho médio pode fazer com uma galáxia, e não o que os grandes buracos negros podem fazer com as maiores galáxias”, diz Dan Evans, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, que apresentou esses resultados no encontro da Sociedade Astronômica Americana na Divisão de Astrofísica de Alta Energia, em Kona, Havaí.

Evans e seus colegas usaram o Chandra por cinco dias para observar a NGC 1068, uma das galáxias mais próxima e mais brilhante que possui um buraco negro super massivo em rápido crescimento. Esse buraco negro é somente duas vezes mais massivo que o buraco negro encontrado no centro da Via Láctea, o qual é considerado de tamanho ordinário.

As imagens de raios-X e o espectro obtido usando o High Energy Transmission Grating Spectrometer do Chandra mostrou que um forte vento está sendo dirigido para fora do centro da NGC 1068 em uma taxa de um milhão de milhas por hora. Esse vento é gerado a medida que o gás ao redor é acelerado e aquecido em direção ao buraco negro. Uma porção desse gás é puxada para dentro do buraco negro, mas uma parte é ejetada para for a. Raios-X de alta energia produzidos pelo gás próximo ao buraco negro aquece o gás que é ejetado causando seu brilho em raios-X de menor energia.

Esse estudo feito por Evans e seus colegas representa a primeira observação de raios-X que é profunda o suficiente para fazer um mapa de alta qualidade do volume em forma de cone que é iluminado pelo buraco negro e seus ventos. Combinando medidas da velocidade das nuvens com a estimativa da densidade do gás, Evans e seus colegas mostraram que a cada ano uma quantidade de algumas vezes a massa do Sol está sendo depositada em grandes distâncias, aproximadamente 3000 anos-luz de distância do buraco negro. O vento pode carregar energia suficiente para aquecer o gás ao redor e anular a formação de estrelas extras, moldando assim a forma da galáxia.

“Nós mostramos que mesmo esses buracos negros médios podem ter força suficiente”, disse Evans. “Eu penso que a conclusão é que esses buracos negros não são mais do que ordinários”.

Além disso estudos de outras galáxias próximas irão examiner o impacto de outros fluxos de AGN (núcleos ativos de galáxias) melhorando o nosso entendimento da evolução tanto das galáxias como dos buracos negros.

“No futuro, o buraco negro da Via Láctea pode ter uma atividade similar, ajudando a barrar o crescimento de novas estrelas na região central da nossa galáxia”, disse Evans.


Créditos: 
  • Data:
  • 03/03/10
  • Imagens: 
  • X-ray (NASA/CXC/ MIT/C.Canizares, D.Evans et al), Optical (NASA/STScI), Radio (NSF/ NRAO/VLA)

Câmeras capturam colisão de auroras








Duas cortinas de luz conhecidas como auroras foram capturadas durante uma colisão por câmeras da NASA no Ártico, criando uma espetacular explosão de luz.

Essas colisões de auroras, que nunca foram vistas e que nem sabia-se que existiam, foram descritas pela primeira vez hoje no encontro anual da União Americana de Geofísica.

As colisões foram vistas por uma rede de câmeras all-sky (câmeras que capturam o céu todo) instaladas pela NASA e pela Agência Espacial Canadense para a missão THEMIS (Time History of Events and Macroscale Interactions during Substorms). O objetivo era descobrir o motivo de algumas auroras ocasionalmente explodirem em luz, um evento conhecido como uma subtempestade.

Auroras são criadas quando partículas no vento solar interagem com o campo magnético da Terra nos polos.
Mais cedo neste ano, Toshi Nishimura, um cientista da UCLA montou filmes na escala de continentes com imagens de câmeras individuais. O primeiro filme que ele fez mostrou um par de auroras se chocando em Dezembro de 2007:


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“Nossos queixos caíram quando nós vimos os filmes pela primeira vez,” disse Lary Lyons, um cientista espacial da UCLA e um membro da equipe que fez a descoberta. “Estas explosões estão nos dizendo algo muito fundamental sobre a natureza das auroras.”

As colisões ocorrem em uma escala tão vasta que alguém olhando para cima de um único ponto na superfície da Terra nem iria perceber. Mas as câmeras, que podem olhar uma área muito maior, podem ver a imagem completa.

Após a evidência do primeiro filme, a equipe procurou por mais colisões, e “a nossa animação cresceu enquanto nos convencíamos que várias colisões estão acontecendo,” disse Lyons.

Os cientistas pensam que as espetaculares explosões de luz são um sinal de ocorrências dramáticas no espaço em volta da Terra, ou a sua “cauda de plasma.” Este região tem milhões de km de comprimento e aponta para o lado oposto ao Sol. O plasma nesta cauda é constituído de partículas carregadas capturadas do vento solar pelo campo magnético da Terra.

Estes campos magnéticos também conectam a cauda à região polar da Terra, onda as auroras podem ser vistas dançando pelo céu.

Uma colisão acontece quando uma grande cortina de auroras lentas e um pequeno nó de auroras mais rápidas se desfazem. A cortina permanece no lugar, enquanto o nó se aproxima pelo norte. As auroras então colidem e causam uma erupção de luz.

Lyons acredita que esta sequencia de eventos está ligada à cauda porque este jato veloz pode estar associado com um fluxo de plasma relativamente leve correndo pela cauda. O fluxo começa no fim da cauda e se move em direção à Terra, e o nó se move com ele. A lenta cortina, enquanto isso, está conectada à uma borda interna da cauda de plasma.

Menino de 6 anos encontra meteorito

Imagine seu filho chegar em casa com um meteorito na mão. Foi o que aconteceu com o britânico Josh Chapple, de 6 anos.

Ao buscar ovos no galinheiro, ele trouxe para os pais um raro meteorito de 6×4 cm que encontrou no jardim.

Em entrevista ao jornal Daily Mail, o pequeno, que estava radiante com a descoberta, diz ter pensando na hora que aquela rocha escura e brilhante era um pedaço de carvão.

A mãe do garoto, que tentou na semana passada ver a chuva anual de meteoros, mas não conseguiu por conta do tempo nublado, pesquisou sobre a peça e viu que era mesma parecida com outras encontradas em diversas partes do mundo.

A ideia dos outros irmãos de Josh era que o pai vendesse o meteorito para comprar um carro de corrida… Mas o preço baixo que ele viu na internet o fez ficar com a rocha por um tempo mais.


Fonte

Planck começa a coletar luz restante do Big Bang

A sonda Planck está agora coletando luz de bilhões de anos atrás, deixada pelo Big Bang. De sua localização no ponto L2, a sonda começou a coletar dados científicos como parte da “Pesquisa da Primeira Luz”, que serve para verificar todos os sistemas. Se tudo for como planejado, essas observações serão as primeiras de 15 ou mais meses de coleta de dados de duas análises de todo o céu.

O pesquisador Chris North escreveu no website do Planck que “os maiores resultados científicos irão demorar para aparecer devido à imensa quantidade de computação necessária para analisá-los, e esperamos conseguí-los em cerca de 3 anos. Esses resultados serão um mapa completo do céu da Radiação Cósmica de Funda, e medidas mais precisas dos parâmetros que governam a forma com que nosso Universo evoluiu.

A missão, liderada pela Agência Espacial Européia com participação importante da NASA, irá ajudar a responder as perguntas mais fundamentais: Como que o espaço em si surgiu e expandiu para virar o Universo onde vivemos hoje? A resposta está escondida em luz antiga, chamada de Radiação Cósmica de Fundo, que viajou por mais de 13 bilhões de anos para chegar até nós. O Planck irá medir minúsculas variações nessa luz com a melhor precisão até hoje.

Olhos no céu: chuva de meteoros é destaque durante a madrugada

Todos os anos, por volta dos dias 11 e 12 agosto, as madrugadas frias e limpas do hemisfério Sul ganham um toque bastante especial e durante algumas horas ficam ainda mais salpicadas de estrelas. O motivo é o pico da chuva de meteoros Perseídea, encarregada de lançar sobre a atmosfera da Terra até 80 estrelas cadentes por hora.


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Apesar do pico da chuva ocorrer somente em um ou dois dias, as Perseídeas duram quase um mês, indo de 23 de julho a 22 de agosto. Neste período, a Terra passa por uma gigantesca esteira de poeira espacial que foi deixada em 1992 pelo cometa Swift-Tuttle 1862, na época em que se aproximou do Sol pela última vez.

Nos dias 11 e 12 de agosto a Terra cruza a região mais densa da esteira e a Terra experimenta o pico da chuva, com taxa estimada de até 80 fragmentos por hora, o que faz da Perseídea uma das mais intensas chuvas de meteoros.

A chuva recebe este nome devido ao seu radiante estar localizado na constelação de Perseu, de onde parece brotar, mas que nada tem a ver com chuva. Enquanto as estrelas da constelação estão há muitos anos-luz de distância, a chuva de meteoros acontece bem próximo de nós, nas altas camadas da atmosfera.


Causa
Normalmente, as chuvas meteóricas têm como causa os fragmentos de matéria deixada para trás por algum cometa ou asteróide. Quando os cometas se aproximam do Sol algumas partes derretem e se rompem, produzindo milhões de fragmentos de gelo e poeira que formam uma grande trilha. Esses fragmentos, em sua maioria do tamanho de um grão de arroz, queimam ao penetrar em nossa atmosfera, produzindo os riscos luminosos característicos das chuvas de meteoros.



Vendo a Chuva
Como informado, o pico da chuva de meteoros acontece nas madrugadas dos dias 11 e 12 agosto e para vê-la basta ter um céu bastante limpo. Como a Perseídea acontece na constelação de Perseu, é fundamental que as estrelas da constelação estejam no céu para que a chuva possa ser vista. Isso acontece por volta das 03h30, ligeiramente à direita do quadrante norte, quado Perseu já estará a 10 graus acima do horizonte.

A medida que o tempo passa a constelação ficará mais alta no céu, mas o máximo da elevação será de 20 graus, o que impede que observadores com horizonte pobre vejam a chuva, por isso aconselhamos que os interessados se dirijam a um local alto ou desimpedido.

A carta celeste no topo da página ajuda a encontrar a constelação de Perseu. Ela mostra o céu do quadrante norte por volta das 03h00, quando a constelação já estará a 10 graus de elevação. Se você não souber onde fica o Norte do local de observação será necessário se orientar por uma bússola.

A melhor maneira para ver a Perseídea é se dirigir a um local bastante escuro, sentar confortavelmente em uma cadeira reclinável e admirar o céu relaxadamente. Como as noites estão mais frias, é sempre bom ter à mão um cobertor e uma garrafa de café ou chocolate quente. Os meteoros devem aparecer em qualquer local do céu, mas as trilhas deixadas por eles vão sempre apontar para Perseu.

É isso. Reze para São Pedro dar uma mãozinha e tome um café bem forte para o sono não chegar antes da hora. De resto, bons céus a todos!


Artes: No topo, carta celeste mostra a localização da constelação de Perseu durante a madrugada. Na sequência, diagrama mostra o mecanismo de formação das chuvas causadas por cometas. Crédito: Apolo11.com.