Hubble fotografa Messier 83 em detalhes inéditos

Posted on domingo, novembro 08, 2009 by Astrofísica Brasil

(Engenharia & Astronomia)

A nova e espetacular câmera instalada no Telescópio Espacial Hubble da NASA capturou a visão mais detalhada do nascimento de estrelas nos graciosos braços da galáxia espiral Messier 83 até agora:


Clique na imagem para aumentá-la, ou clique aqui para abrir a imagem completa de 15 mb / 3909 x 3930 pixels.
 
Apelidada de Catavento do Sul, Messier 83 está passando por uma formação estelar mais veloz do que na nossa Via Láctea, especialmente em seu núcleo. O atento “olho” da Wide Field Camera 3 (WFC3) capturou centenas de aglomerados estelares jovens, antigos aglomerados globulares, e centenas de milhares de estrelas individuais, a maioria sendo supergigantes azuis e supergigantes vermelhas.
A imagem na esquerda é a aproximação do Hubble das estrelas miríades próximas do núcleo da galáxia, a região brilhante e esbranquiçada na direita. Uma imagem de toda a galáxia , tirada pela câmera do telescópio de 2,2 metros do Observatório Europeu do Sul, é mostrada na esquerda. A caixa branca indica a visão do Hubble.

A ampla variedade de comprimentos de onda da WFC3, de ultravioleta até próximo de infravermelho, revela estrelas em estágios diferentes de evolução, permitindo aos astrônomos descobrirem a história de formação estelar da galáxia.

A imagem revela em detalhes inéditos a rápida taxa de formação estelar nesta famosa galáxia espiral. A mais nova geração de estrelas está se formando principalmente em aglomerados nas bordas dos filamentos escuros, o “esqueleto” dos braços espirais. Estas novas estrelas, com apelas alguns milhões de anos de idade, estão saindo de seus casulos e produzindo bolhas de gás hidrogênio avermelhado
Uma barra de estrelas, gás, e poeira passando através do núcleo da galáxia pode estar causando a maior parte da formação estelar no núcleo galáctico. A barra envia material para o centro da galáxia, onde a formação estelar mais ativa está ocorrendo. Os aglomerados brilhantes residem ao longo de um arco próximo ao núcleo.

Os restos de cerca de 60 supernovas, a morte de estrelas massivas, podem ser vistas na imagem. A WFC3 identificou os restos dessas estrelas. Estudando os restos, astrônomos podem entender melhor a natureza da estrela progenitora, que são responsáveis pela criação e dispersão da maior parte dos elementos pesados da galáxia.

Messier 83, localizada no Hemisfério Sul, é frequentemente comparada com a Messier 51, apelidada de Galáxia do Redemoinho, no Hemisfério Norte. Localizada à 15 milhões de anos-luz de distância na constelação Hydra, Messier 83 está duas vezes mais próxima da Terra do que a Messier 51.

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